segunda-feira, 18 de junho de 2007


A manifestação reuniu diversos bingos do Estado (foto: Cesar Irikawa)

Passeata em favor dos Bingos reúne mais de 4 mil em São Paulo

Uma passeata contra o fechamento dos bingos promovida pela Força Sindical aconteceu na manhã do dia 4 de junho, no centro de São Paulo. Segundo a agência Brasil, estiveram presentes 4,2 mil pessoas de diversos funcionários de vários bingos do estado para lutar por seus empregos.

Para Márcio Ferreira, chefe de mesa do bingo Metrópole, na avenida São João, que está fechado, disse que ainda não foi demitido e que há bingos que estão fechados há mais de um mês. Ele também afirmou que a estimativa é de que 300 mil pessoas trabalhem diretamente ou indiretamente no mercado dos bingos. “Não fizeram nenhuma lei ainda e nós estamos manifestando para ver se eles aprovam as leis dos jogos, vê se consegue abrir porque é muita gente que vai ficar desempregada. A tendência é se não abrir eles demitirem todo mundo, por isso nós estamos fazendo essas manifestações para ver se consegue.” Para ele o Bingo não é ilegal. “É uma diversão, o pessoal vai porque gosta de jogar, não tem nada de ilegal, nada demais é uma atividade normal”.

Já Paulo Roberto, vendedor de cartela do bingo Circus de Moema, que trabalha em Bingo desde 1995, disse que no horário em que trabalha são 15 pessoas e ao todo umas 30 pessoas no Bingo total. E afirmou que há bingos que emprega 400 funcionários e com carteira assinada. Roberto disse que até 2002 o funcionamento dos Bingos era regularizado, que a Lei Vico regularizava os bingos, e com as liminares os bingos podiam funcionar normalmente. Ele também foi para a manifestação de Brasília em que reuniu 10 mil pessoas há três semanas. “É muito gente desempregada, parada e se eles fecharem como a gente fica? É um problema, tem que regularizar? Tem. Não tem fiscalização nenhuma, não é legalizado porque há outros interesses por volta, de repente, é mais vantajoso não regularizar para muitas outras pessoas. Acho que não houve ainda um interesse muito grande por parte dos políticos de regularizar, nunca houve interesse. Você vê gente ganhando dinheiro que apareceu na TV, com ministros e juízes envolvidos, na Operação Furacão. Acho que dá para regularizar, para fiscalizar, dá para arrecadar muitos impostos e manter os empregos. Na minha condição de funcionário eu to preocupado com o meu emprego. Tem meios de regularizar máquina, o bingo, tirar proveito disso, coisa que eles não tão fazendo, se eles fiscalizarem melhor, eles vão arrecadar mais e a gente continua trabalhando. Deixaram a coisa expandir crescer e de um dia para o outro não tem mais.” Segundo ele, já existe um projeto de legalização dos Bingos, mas leva tempo para aprovar. “Se continuar parado, é bem provável que o mês que vem a gente já não receba”.


Já para Vinícius Lopes, gerente do bingo Golden Stars de Santa Bárbara do Oeste, em que trabalham cerca de 100 pessoas a manifestação era para mostra que é bastante gente trabalhan do em bingo, então o emprego é necessário. "Fazer o quê? espero que regularize", disse o encarregado.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

A Associação da Parada Gay também estava presente

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Mulheres lésbicas e bi mostram a cara

A caminhada reuniu diversas pessoas

domingo, 10 de junho de 2007

Caminhada das lésbicas tem diversidade e discurso político

A 5ª caminhada das lésbicas ou "parada das lésbicas" que aconteceu na sexta-feira (08/06/2007) na avenida Paulista em São Paulo teve enfoque político e reuniu um bom número de pessoas.

Luciany Bosan de 18 anos, estudante de Letras, que não se esteriotipa em nenhum quadro (lésbica ou bissexual) estava divulgando o disk denúncia contra a homofobia, trabalhando para o deputado estadual Carlos Giannazi do PSOL (www.carlosgiannazi.com.br). A menina afirmou que freqüenta a parada lésbica há dois anos e a gay há cinco. Para Bosan o sentimento que a caminhada traz é o de democracia, liberdade e expressão. E passa uma mensagem a todos os homofóbicos: "Respeite a diferença".

Uma das novidades também foi a agência Pink Penguin, de comunicação visual voltada especificamente ao público GLS. A agência existe há mais ou menos 1 mês. Segundo uma das sócias, Júlia Azevedo Dranger, bissexual, o intuito da Pink Penguin é apresentar um serviço diferenciado com inovação e interatividade num mercado em que muitas vezes o serviço e a linguagem é levada para a um outro lado, mais erótico e pornográfico. A publicitária afirma que objetivo da Pink Penguin é também apresentar um serviço de qualidade, que em flyer de balada é bem ruim. "A gente faz todo o serviço de comunicação visual, criação de logotipo, de fachada, cartão de visita, flyer, folder, cardápio, camiseta personalizada, produto para evento. A gente tá lançando agora, tá investindo pesado em divulgação. Tamo vendendo bottons, bonés, squeezes e temos também outros produtos, uma linha de calcinha, calçado, cueca." Já para a sócia e namorada Fátima Frazão, que freqüenta pela primeira vez a Caminhada das Lésbicas, o importante é defender a causa, apesar de não ser militante. Ela se assumiu há três anos e já tinha participado da parada mas não constantemente, foi a partir do momento que se assumiu como lésbica mesmo, que passou a freqüentar mais o meio GLBT. " É bom ter atitude sem preconceito, independente se é homofobia, racismo ou machismo." Os acessórios da Pink Penguin podem ser adquiridos pelo site www.pinkpenguin.com.br.

Já Ágata que não quis se identificar por completo que tem 27 anos e é homossexual desde os 16 anos; saiu do armário aos 24 e participava da caminhada pela primeira vez. "Eu sou muito feminista", afirmava a moça enqüanto estava abraçada à sua namorada. Segundo ela, a caminhada significa a "igualdade entre as pessoas": "Não há diferença".

Entretanto, nem tudo eram flores, havia um grupo de três pessoas que protestavam gritando em um auto-falante, com ares de saudosismo dos anos 90. A protestante Naemi Silva, do movimento libertário, disse que na época das outras caminhadas não havia carro de som, que antigamente era mais organizado e politizado: "Não era "esse carnaval", e as pessoas eram mais sérias e politizadas."

Jéssica Luiza Rosa das "Jovens Feministas", um grupo que discute a questão da sexualidade,do racismo e machismo; freqüenta o meio GLS há 7 anos. Ativa nas causas homossexuais ela também participa da Liga Brasileira de Lésbicas, uma associação do setor de lésbicas que existe há 4 anos e da Associação Frida Kahlo, um grupo que faz projetos para jovens. "A caminhada é um jeito da gente poder legalizar o casamento civil, de poder se expressar, e poder ter livre expressão". Ela ainda deu a dica de quem quiser participar de alguns desses grupos deve entrar em contato com com ela mesma (Jéssica Rosa) no telefone: (11) 6511-4939.

sexta-feira, 8 de junho de 2007


Léo Áquila arrasa na feira

Igreja evangélica para GLBTs

Muitas barracas na feirinha agitaram o evento
CDs nas tendas de techno

Léo Áquila também marcou presença na feira
O Vale do Anhangabaú lotou

Feira Cultural da diversidade reúne de tudo

A 8ª edição da Feira Cultural GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Trans) que aconteceu ontem no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo reuniu cerca de 100 tendas com os mais diversificados produtos como roupas voltadas ao público GLBT, jóias, comida, livro, e utensílios para o lar. Estiveram presentes desde estrangeiros até surdos e mudos e a população em geral. Diversos artistas se apresentaram e foram aplaudidos.

Uma cover da cantora Cássia Eller foi um dos destaques dos shows, além dela, outros cantores se apresentaram, ao final foi a vez de uma banda feminina de samba para remexer o rebolado do pessoal que estava por lá.

Para Cássio Rodrigo, coordenador da Coordenadoria da Diversidade Sexual da prefeitura de São Paulo, a feira nasceu para promover um pouco da cultura GLBT: " Há expositores, estilistas GLBT. A outra parte da feira é a de informação para a comunidade, onde a parada sempre agregou as ONGs que trabalham com esta informação. Tinha muitas ONGs que trabalhavam com DST-Aids, depois começaram as que trabalham com educação, como o grupo Corsa, hoje tem a coordenadoria que trabalha com direitos humanos", disse o encarregado.

Já para Thiago Arquipenco, que tinha uma barraca de roupas, faz a feira desde 2003, quando era ainda pequena no Largo do Arouche, disse que o valor cobrado pela administração por metro quadrado agora no Vale do Anhangabaú, é maior. E a divulgação no novo lugar foi pequena já que turistas que estavam acostumados com o lugar de antes. A barraca tinha roupas inspiradas em músicas como por exemplo "Boys just want to have fun", paródia da música de Cindy Lauper.

Márcio Freitas que freqüenta há sete anos a feira acha que a primeira vez sempre é a melhor por causa da novidade, mas disse que curte: "Eu cheguei agora, ainda não deu para avaliar, mas tá tranqüilo".

Valdemar Pereira, pastor da primeira igreja evangélica GLBT, que existe há 2 anos e pode acomodar 1.000 pessoas, a Congregração Cristã do Evangelho para Todos, que ajudou a erguer a igreja, disse que Cristo não faz concepção de pessoas citando um trecho do evangelho: "Em atos 10 34 que ele não faz acepção de pessoas, ele já fazendo acepção de pessoas, ele já me aceita do jeito que eu sou, ele me aceitando do jeito que sou, eu posso servir ele em espírito e verdade", disse ele. A igreja Congregação Cristã do Evangelho para todos fica na rua das Palmeiras, 250, metrô Santa Cecília. Tel. (11) 3362-1241.

Já Péricles

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Visuais diversificados fazem bem aos olhos
Ator conta crônica que satiriza os políticos transformando-os em macacos
Thiago Mine Vieira, uma expressão corporal maravilhosa

Teatro no Centro Cultural São Paulo desconstrói o público

A peça "Desconstruindo" de Cesar Ribeiro em cartaz no Centro Cultural São Paulo (rua Vergueiro, 1000, porão) aos domingos até o dia 8 de junho é um bom exemplo do teatro experimental que retrata o olhar da contemporaneidade. Com um quê de criatividade e boa idéia a "peça" interage com o público de maneira muito diferente e bastante experimental. Ela passa através de crônicas um retrato de nossa sociedade nos aspectos éticos, políticos e sexuais.

Ao entrar numa peça, um espectador pensa que vai sentar em sua cadeira e esperar o espetáculo começar, mas não é bem assim que acontece em "Desconstruindo". No início, em um porão escuro do centro cultural ouve-se uma voz dizendo que a "platéia" é livre para fazer o que quiser, comunicar-se com os atores, sair do porão, ou qualquer outra coisa; ou seja os presentes podem fazer o que quiserem. Os atores estão espalhados pelos contos do subsolo, contando contos cada um em um lugar diferente do porão, e cabe aos espectadores o trabalho, ou melhor à diversão de se dirigir a eles e deliciar-se com as histórias interpretadas.

Em um arranjo estético "desarranjado", as diversas histórias de autoria de Cesar Ribeiro vão dando espaço para as interpretações do público ouvinte. As crônicas se revezam entre o cara que é fissurado por bundas, um garçom gay que tenta fazer o máximo para conseguir um beijo de um outro homem mas não consegue, e um mundo animalesco que se torna humano. No início pode parecer confuso mas com o tempo os espectadores se acostumam com a forma do espetáculo. Ao todo cerca de 8 atores trabalham contando histórias repetidamente sem cessar um minuto mesmo que em frente de sua arquibancada improvisada não haja ninguém, eles usam maquiagens muito brancas e vestem os mais variados tipos de roupas, que são em sua maioria o personagem de que estão contando as histórias. Uma das mais envolventes é provavelmente a de um homem casado que está enjoado do casamento e corre atrás de novas "bundas" para serem apreciadas e comidas.

Não obstante, outro grande contador de histórias e ator que se revela é ator mestiço Thiago Mine Vieira, que se destaca pela sua grande estética corporal, sua crônica é de um homem que perdeu a perna. Ele é ator há 5 anos e se profissionalizou há 2. Esta é a primeira grande peça de atuação. " O texto (dessa peça) é meio surreal, então você não tem uma conexão de uma idéia com a outra, é difícil de você pegar, tem que criar um subtexto próprio. Apesar de ter uma narrativa clara, a história, o cara vai, perde a perna procura, no final das contas morre numa danceteria. Ele (Ribeiro) usou uma linguagem diferente, não só a história é surreal como o jeito que ele escreveu é surreal, então por isso foi difícil. Eu faço um texto de dois minutos em 1h15 e isso acaba virando uma espécie de mantra, ainda mais que eu tenho uma movimentação muito louca e você acaba ficando assim dopado. É maluco pra mim que tô fazendo, não sei pra quem tá olhando". Quanto ao espetáculo Mine disse que a idéia era mesmo fazer a "desconstrução": "O próprio texto é pretexto. O grande lance é o cara chegar aqui e ver um espetáculo de fato desconstruído, ele vê o que ele quer, da maneira que ele quer, se ele não entender acho que isso não interfere, porque eu acho que a gente acaba trabalhando numa camanda de entendimento que ela é meio sinestésica, então ele (o visitante) pode estar às vezes vendo um ator falar, estar ouvindo este ator tá falando e pode tá olhando para um outro, então as histórias vão se cruzar, e mesmo que ele esteja tentando assistir uma peça ele vai ser interferido por uma outra que tá sendo dita alí, então eu acho que na verdade essa experiência que ele tem é mais valiosa que o entendimento de cada texto individualmente. Se a pessoa puder entender melhor, ou não, mas enfim, ela vai ter a experiência X dela, se a outra pessoa não entender nada. Hoje tinham crianças aqui e elas vão ter a experiências dela. Como peça eu acho que essa é a proposta e nisso que eu tô dentro. A proposta é desconstruir e quem constrói é o público. "

Para a estudante Marília Xavier Assunção esta é a primeira peça que ela "assistiu" que tem uma outra forma."Onde os atores foram colocados eu achei muito legal, a luz do lugar, e a simplicidade que ficou bonita, ficou uma coisa que você se sente mais confortável." Ela diz que o teatro é muito formal e define o que achou com a palavra "desconstrução": " Eu achei que ficou bem legal a questão de você estar na frente mesmo do ator, cara a cara, é uma coisa mais pessoal, você estar em conexão maior com o ator." As crônicas que Marília mais gostou foi a do rapaz do boteco, do rapaz da impotência sexual, e do garçom. A estudante também elogiou a maquiagem e as vestimentas dos atores.

Já para o ator Rafael Menta que assistiu à peça, disse que gosta muito do texto ousado de Ribeiro que é bem ousado e interessante. "É engraçado, é bom, o que eu mais gostei foi o das bundas, o personagem é engraçado é um humano, todas as idéias e teorias que ele tem sobre as bundas. E também do texto dos macacos que tem umas sacadas políticas engraçadas, umas alfinetadas políticas." Mas criticou com relação ao espaço. " O espaço não ajuda muito, é cheio de eco, e muito aberto, então acaba um texto influenciando no outro e os atores tem que se esforçar muito para falar mais alto, mas é bom, é interessante, é legal, diferente, te coloca numa coisa que não fica confortável, e ao mesmo tempo fica confortável porque você pode fazer o que quiser, fumar, atender o seu celular. O que eu não gostei foi que o espaço é muito aberto, foge muito o som, mas acho que era a proposta mesmo dele."

segunda-feira, 21 de maio de 2007

O menino que guiou o jornalista, ontem e hoje

Caixa Cultural traz exposição sobre a guerra da Bósnia-Herzegovina

Celebrando o 8º Mês da fotografia de São Paulo, a exposição "Dear Sarajevo" do jornalista e fotógrafo Fernando Costa Netto está em cartaz na Caixa Cultural (Praça da Sé, 111) em São Paulo até o dia 08 de julho mostrando um pouco do que foi na época da guerra e do que é agora a cidade de Sararejo que passou por um conflito interno que dizimou a Bósnia durante quatro anos.

Netto visitou o país eslavo em 1993 e 1994 ao próprio custo enquanto era editor-chefe da revista Trip e teve dificuldades para ficar no país que nem ao menos produzia chocolate. Ele retornou para o Brasil e em 2006 foi de novo à Bósnia para fotografar o "depois", a reconstrução do país com o dinheiro da União Européia. O primeiro plano era ir dez anos depois (2003 ou 2004) para poder fotografar a cidade depois de uma década, mas só conseguiu esse feito após 12 anos. Em uma de suas fotos mais impressionantes está um menino já crescido que o guiou pelas ruínas da National Library biblioteca queimada e saqueada em 1994, ele fotografou o menino aos 7 anos e atualmente, nesta foto atual ele segura sua própria foto quando era mais novo. O outro menino que o guiou para a outra foto está hoje viciado em videogames de guerra e não consegue mais ter uma vida normal.

Outra imagem contrastante da exposição é um painel com retratos de alguns soldados mortos na guerra e embaixo uma outra foto de uma galeria que vende perucas em frente a agora reconstruída National Library, o sinal de que agora Sararejo é uma cidade como Amsterdã, limpa e graciosa, graças à ajuda da União Européia. Na exposição há umas cinco ou seis fotos que mostram o antes e o depois que retratam bem a virada que o país deu depois de cessada a guerra, mas isso só é possível graças ao dinheiro aplicado pela União Européia que exige que não haja mais nenhuma guerra para continuar a ajudar a Bósnia.

Um outro drama de guerra evidenciado em uma de suas imagens é um ex-metalúrgico que defendia Sarajevo em Asici, próximo ao centro. Do outro lado da linha que separava o exército sérvio da capital, alguns inimigos mortais eram ex-amigos.

domingo, 20 de maio de 2007

A cantora Céu em apresentação no Centro Cultural São Paulo

terça-feira, 15 de maio de 2007

Cantora Céu faz show gratuito no Centro Cultural Vergueiro

A cantora Maria do Céu, ou simplemente Céu, nova na cena da música brasileira apresentou um show gratuito no Centro Cultural São Paulo neste domingo, das 18 às 19h30. Ela cantou diversas músicas de seu único álbum e agradou a gregos e troianos.

Para a estudante de história da PUC, Gabriela Azevedo, que conheceu a cantora Céu há uns sete meses por meio de um amigo com quem troca música via Internet, "O mais atraente da Céu é a mistura de som, o diferencial dela é mistura de som. É um som muito brasileiro mas muito afro também a percusão com uma mistura maluca, acho muito bom, jazz, blues, samba, reggae, rap, eletrônico". Ela conta que comprou o CD e pagou muito caro porque ninguém conhecia na época e fez cópias para um monte de gente. "Eu comecei a divulgar na faculdade com a galera que ouve o mesmo som que eu", ela sugeria que eles levassem para casa e todo mundo começou a se apaixonar. Gabriela acha que o estilo da Céu está mais para Vanessa da Mata do que para outros estilos como Marisa Monte ou Marina Lima. As músicas preferidas de Gabriela foram Rainha que fala sobre a África como rainha e Malemolência que mostra a história de um amor adolescente.

Já segundo Debora Maria Mendes, auxiliar de escritório que viu a reportagem na Ilustrada que prevê que a Céu será a nova Elis Regina e publicou que a cantora alcançou o primeiro lugar na parada de World Music na Billboard, e que os americanos começaram a curtir o som da cantora. A auxiliar ressalta que o sucesso de Céu não será assim tão grande por causa da falta de divulgação que a menina tem.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Lady Vingança é exemplo do novo cinema

Geum-ja em cena e o desfecho memorável


O diretor sul-coreano Chan-wook Park aclamado pela crítica internacional por Oldboy, o vencedor do festival de Cannes de 2005, traz às telas brasileiras mais um filme da trilogia de vingança com a estréia do premiado Lady Vingança (Sympathy for Miss Vengeance) dentro do circuito nacional na última sexta-feira (11/05). O filme chama a atenção pois foi vencedor do Festival de Veneza de 2005, e só agora é mostrado no Brasil, um sinal de atraso de nossos cinemas. O espetáculo está em cartaz no HSBC Belas Artes e no Unibanco Artplex, no shopping Frei Caneca.


O filme conta a história da linda e bela Geum-ja interpretada pela atriz Lee Yong-ae, conhecida na Ásia pelas séries coreanas. Geum-ja é presa por engano durante 13 anos, acusada de matar um garoto de cinco anos. Na prisão a bela moça se comporta como um anjo, há uma cena em que ela aparece de costas com uma luz branca que sai da cara dela, entretanto, ela está planejando sua vingança, contra o verdadeiro assassino, com um desfecho muito imprevisível.


Muito bem composta a música do filme é clássica e presente em todas as horas. Nos pensamentos de Geum-ja torna-se uma mão-na-roda , a la Alfred Hitchcock, Chan-wook Park constrói cenas de terror com uma plasticidade única, típica da cenografia sul-coreana, uma das melhores do mundo, digna de quem faz neve de mentira chover ou construir uma locomotivas do início do século 20 só para fazer um filme.

Os efeitos de transição de cena também são muito bem feitos, quando uma porta se abre no cubículo da prisão e a cena está no quadrinho dela, os designers e videomakers irão adorar.O drama da mulher em Lady Vingança também é mostrado de diversas formas, desde a separação de Geum-ja de sua filha, que foi adotada por uma familia americana. Do próprio drama da filha que se pergunta o porquê dela ter sido abandonada pela mãe e não sabe falar coreano.

Da mulher submissa do verdadeiro assassino interpretado pelo consagrado Choi Min-shik (Oldboy, Chihwaseon) que bate em sua esposa e a agride de diversas formas.Em suma, é um filme dos grandes, que levou prêmios internacionais e mostra um roteiro altamente criativo com um desfecho surpreendente. Park Chan-wook, o novo Hitchcock.

domingo, 13 de maio de 2007

Equipe tapa-buracos faz pavimentação no Ipiranga

Subprefeitura faz pavimentação no Ipiranga

Uma operação de tapa-buraco aconteceu na quarta-feira na rua Huet Bacelar, no Ipiranga, próxima ao metrô Imigrantes porque os carros não conseguiam subir a rua feita de paralelepípedos que ficavam escorregadios em dias de chuva.

De acordo com o fiscal Carlos Roberto Pereira Nunes, encarregado da subprefeitura do setor de Tapa Buracos da Conservação de Pavimentos, o trânsito estava muito grande porque os carros não subiam quando chovia e naquela noite a equipe ia apenas pavimentar essa rua. Os trabalhadores da equipe que são terceirizados colocaram emulsão asfáltica (cola), depois o concreto asfáltico e no final passou o rolo compactador para poder revestir a rua.

Nunes informou que duas equipes, uma à tarde e outra à noite trabalham em tapa buraco na subprefeitura do Ipiranga. O pedido de pavimentação pode ser feito através do telefone 156 da prefeitura e o prazo para se fazer o tapamento de buraco ou pavimentação é de 48 horas após a baixa do SAC. No Ipiranga em média há de 10 a 15 reclamações por dia a respeito de pavimentação e buracos.
Exposição na São Marcos traz poesia a São Paulo
Os sentimentos são fonte de inspiração para Marília e Emerson

Poesia traz reflexão à cidade




Resultado de uma pós-modernidade e a abertura de um grande leque de construções e ludicidade, as poesias se destacam no meio dos tons marginais que se espalham pela cidade. A exposição de poesias que acontece no campus Padre Chico da Universidade São Marcos, no Ipiranga, marca a parceria de Emerson Ricardo Borges e Marília Pereira que se conhecem há cinco anos e vem desenvolvendo trabalhos conjuntos. A dupla por meio das palavras mostra sentimentos e diversões que marcam a sensibilidade humana.


O estudante de jornalismo Emerson Ricardo sempre gostou de escrever, para ele escrever é por para fora aquilo o que se sente. Ele se inspira em autores literários como Clarice Lispector, Machado de Assis, Cecília Meireles, e outros autores nacionais. As poesias dessa exposição foram escritas quando ele estava trabalhando mas também escreve quando está muito pensativo e reflexivo. "Ás vezes eu escrevo até em um momento agitado. O que eu acho mais interessante na poesia é que eu consigo colocar para fora o que eu sinto sem magoar ninguém, ou mesmo quando for elogiar a pessoa, fazer do meu jeito". Emerson contou que aprendeu a gostar de poesia no colégio, ele já fez outras duas exposições na São Marcos, "Estação do Amor", que aborda o tema do eros e; "Pensamentos e reflexões", sobre assuntos contemporâneos. Para o estudante, a poesia pós-moderna é muito boa pois é possível se escrever livremente.


Já Marília Pereira tem poesias muito reflexivas. "As minhas poesias eu coloco para fora aquilo que eu estou sentindo no momento. Falam de amor, são poesias muito reflexivas, falam do ser humano. A poesia é uma forma também de colocar tudo aquilo que você está sentindo no momento, seja raiva, seja amor, seja saudade, é uma forma de você externar o seu sentimento e acaba se tornando arte." Ela conta que a poesia ganhou importância assim que entrou na faculdade. "Quando você entra numa faculdade de Comunicação, você começa a ler mais, é um novo mundo que se abre porque você chega alienado de um ensino médio e um novo mundo se abre e te inspira". E para ela ler é a base para se escrever bem. "Ler é a base de quem quer escrever bem tem que ler, ler muito". Marília enfatizou que até bula de remédio ela lê, e uma vez por semana também revisa os jornais internacionais. Para a estudante, as frases também são motivos de inspiração e cita William Shakespeare "Nem toda nuvem gera tempestade". Outra novidade que Marília falou foi a vontade dela de expôr contos eróticos, os quais escreve há quatro anos.


Papa atrai pessoas de diversos lugares a São Paulo

O visita do papa Bento 16 trouxe para a cidade de São Paulo gente de diversas partes do Brasil e do mundo que visitaram a cidade apenas para vê-lo e estar perto da figura que representa Cristo pela igreja católical.

O maranhense e cabeleireiro Raimundo Rodrigues, 28 anos, é um exemplo delas, veio de São Luís chegando na terça-feira à cidade de São Paulo e acompanhou o papa desde o início, além disso, prometia ir ao Pacaembu tentar vê-lo. "Vou tentar olhar ele". Ele disse que acompanha o papa desde 91, quando o papa João Paulo 2 foi para São Luís, está é a primeira vez que viaja para ver o pontífice. Rodrigues afirma que é assíduo e freqüenta a missa de 15 em 15 dias. Ele conseguiu ver o papa no mosteiro São Bento na quinta-feira. Para o cabeleireiro, o papa representa uma santidade e espera que o pontífice traga muita paz para o Brasil.


Para a gráfica e religiosa Bernardete Soares da Silva que trabalha no prédio Mirante do Vale no centro de São Paulo que estava no horário de almoço e foi vê-lo no mosteiro São Bento, o papa tem o poder de apaziguar e veio ao Brasil com uma missão, em termos religiosos, trazendo um projeto para os integrantes da igreja católica, que segundo ela estão muito dispersos, tentar uma união com as outras igrejas e abrange outros assuntos na questão do aborto e a paz.

O vendedor ambulante Marco Antonio Ribeiro Bastos que estava vendendo coisas do papa como cartazes e já trabalhou outras vezes em visitas de outros papas, disse que a venda estava sendo muito pequena por causa do pouco dinheiro que o povo está. "Alguns que venderam alguma coisinha, mas não tá vendendo nada. Hoje em dia o brasileiro tá devagar é porque o povo brasileiro tá tudo duro". Bastos até às 15 horas não havia vendido nada. Já para Ailton Ferreira dos Santos que chegou 12h10 disse que estava vendendo porque o papa tinha abençoado o seu material e conseguiu vender quase metade das 100 peças que havia trazido.

Para Marina Dias de Campos, dona de casa e católica praticante de Mogi das Cruzes, é a primeira vez que vai tentar ver o papa, e acha que tem que ter fé para o Brasil trazer paz ao Brasil. Ela acha que principalmente os pais tem que estar junto da religião e estava muito feliz de estar no mosteiro São Bento para tentar ver o papa. Mas ela acredita que com a vinda do papa não vai reavivar muito a igreja católica, pois segundo Campos, as pessoas hoje não vão muito pela fé e sim na concorrência, ganância. "É uma coisa muito bonita o papa estar aqui na cidade de São Paulo. As pessoas, eu pelo menos vejo na minha cidade, não vão muito pela fé, vão mais para achar que um é mais que o outro. Na minha visão na casa de Deus todos são iguais", disse ela que acredita numa degradação moral do ser humano atual.

Já o agricultor Jean Carlos dos Santos, de Erechi do Rio Grande do Sul se considera católico desde que se conhece por gente e freqüenta todo os dias na missa. "Eu nasci na igreja, eu fui batizado e passei a pertencer à igreja". E vai acompanhar o papa m todos os lugares. Para ele o papa é o representante de Deus na terra, o nosso líder espiritual. Ele já achava que no caso do policiamento, a polícia militar que estava de moto devia ter um movimento melhor no meio do povo, Santos reclamou e disse que foi bem recepcionado.

Um comentário que rolava na boca do povo no mosteiro São Bento era de que o papa tinha pedido todo o esquema de segurança segundo a aposentada Rosana Novo de 73 anos.

A jovem secretária Fernanda Chavez de Sousa que vem de uma família católica tradicional praticante e participa de dízimo, confissão, sempre foi ativa na igreja. Ela falou que o povo católico está perdendo um pouco da doutrina da igreja, e já tem gente que já está sendo a favor do aborto, do uso da camisinha, e que o papa veio para resgatar um pouco isso, fazer elas entenderem o porquê. Ela disse que no caso do não-uso da camisinha, não que o papa seja a favor de que se propaguem as doenças sexualmente transmissíveis, mas que se faça sexo depois do casamento, Chavez considera que se as pessoas seguissem isso a sério, não teria o risco de se transmitir doenças. Na questão do aborto ela também considerou que muitos católicos estão cedendo neste ponto.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Papa dá primeiro aceno ao público

Bento 16 dá primeiro aceno à tarde para a população

O público aguarda Bento 16

Papa aparecendo no mosteiro

O Papa aparece para a população às 15h00

Pessoas aguardando o Papa no Mosteiro São Bento

O Público esperando o Papa no Mosteiro São Bento

Papa em São Paulo

Papa acenando no Mosteiro São Bento

Papa no Mosteiro São Bento


Foto do Papa no Mosteiro São Bento em São Paulo (Cesar Lai)

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Espetáculo estréia em São Paulo

Depois de participar de diversos Festivais (como Curitiba 2006) e de apresentações em diversos estados brasileiros (através da Caravana Funarte Petrobras), volta a São Paulo o espetáculo Prego na Testa. A montagem dos Parlapatões, dirigida por Aimar Labaki, com atuação solo de Hugo Possolo, rendeu indicação de melhor ator ao Prêmio Shell daquele ano.
Após completar uma centena de apresentações, Prego na Testa volta em horário especial, aos sábados às 24h, com preços reduzidos, apenas R$ 10,00 (meia para todos), iniciando a segunda etapa de patrocínio da Petrobras ao grupo Parlapatões, apoio da Energias do Brasil, através da Lei Rouanet, que se soma ao Programa de Fomento ao Teatro para viabilizar a programação do Espaço Parlapatões.
O parlapatão Hugo Possolo vive nove personagens urbanos cujo humor nasce de seu próprio desespero.

O texto do americano Eric Bogosian, cujo título original é Pounding Nails in the Floor with My Forehead, aguardou mais de onze anos para ganhar sua versão brasileira. Em português, o título sugere o duplo sentido de ameaçar o crânio por um prego ou de que ele já esteja fincado em uma mente perturbada.

A peça foi grande sucesso nos EUA com a interpretação do próprio autor. Duas de suas peças foram transformadas em filmes: Talk Radio e Suburbia (que já teve montagem teatral paulista). Mestre em expor o ridículo da neurose urbana, Bogosian desenha, em Prego na Testa, vários tipos que vão do esquisito ao hilariante, sempre instigando a platéia a reações que vão da gargalhada à angústia.

A tradução e adaptação de Aimar Labaki, além de situar aspectos da realidade brasileira, reordena condições de ritmo e síntese a serviço da força poética de cada cena. Insere os personagens em contextos mais determinados, o que consolida o elo entre eles, deixando espaço para a interpretação fluir.

Para Labaki, que também dirige o espetáculo, o autor americano “trata de questões políticas atacando o seu cerne: o ser humano”. Para ele “os Parlapatões sempre apontaram para a mesma direção, quer seja em espetáculos de puro divertimento, quer seja em propostas mais arrojadas, o riso é sempre garantido, e a reflexão também”.

Mais de um tema cerca a vida destes personagens multifacetados, vistos sobre o olhar cáustico de um autor inquieto e provocador. Bogosian aponta em seu texto para a sensação de impotência dos seres humanos diante da realidade das grandes cidades.

E são tantas as vezes que nos sentimos impotentes que parecemos ameaçados por um terrorista imaginário. Esta é a sensação que se busca para cada espectador em Prego na Testa. Para que ele oscile entre o medo e dúvida sobre uma vida ameaçada que não é bem a sua, mas que bem poderia ser.

Possolo, que se define palhaço, afirma que estes “personagens estão ligados pelas mesmas preocupações e são vítimas de um mesmo descaso, sem ignorar que também são responsáveis pelas situações que enfrentam”.

O parlapatão vive em Prego na Testa seu primeiro solo, mostrando que não quer estar preso a um estigma ou rótulo que muitas vezes o artista recebe ou se impõe. Quebrando o preconceito, se arrisca numa empreitada que explora outras faces do ator, sem negar tudo que já fez. Ao contrário, é apoiado no seu espírito claunesco que joga com a comicidade da tragédia de cada um de seus personagens.

Violência no Bocage faz movimento diminuir

Faz algum tempo o bar Bocage, na região do Jardim Paulista era um ponto de encontro muito bom para os freqüentadores da noite paulistana alternativa, um dos lugares mais importantes para a comunidade GLBT de São Paulo. O Bocage era um local em que amigos confraternizavam e tinham conversas saudáveis. Mas atualmente alguns problemas graves têm afastado os gays dessa região. Ano passado um homossexual foi assassinado por uma guangue skinhead e há dois meses, a polícia colocou no local algumas viaturas para fazer guarda.

A estudante Valquíria Almeida que freqüenta o bar, acredita que o que acontece hoje em dia é por causa da mistura de classes sociais no bar e porque o nível caiu muito." Para juntar gente de classes diferentes é necessário se ter educação, cultura e bom senso. Eu sou de uma outra época do Bocage, quando ele ainda era na outra esquina. Você encontrava pessoas cultas, formadas, pessoas mais velhas, com caráter ilibado. Hoje em dia você encontra molecada, pessoal que começou agora, com 15 e 16 anos, agressivas, com desvios psicológicos. Uma variedade muito grande unindo numa coisa só". Valquíria também contou que viu uma briga que envolveu até o dono do bar e que um outro dia, observou um rapaz no hospital que havia apanhado no Bocage. A questão do preconceito no mundo gay para ela também é motivo de constragimento. Ela disse que no dia da entrevista estava apenas esperando um grupo de amigos e que já ia embora rapidinho.

Embora o movimento tenha caído muito nos últimos dois meses, Ivan Gonçalves, barman do Bocage acredita que as ações tanto da polícia civil e militar, que iniciaram após o assassinato estão dando resultado. "Já faz uns dois meses que está mais sossegado por causa do trabalho das duas polícias, inclusive eles colocam base comunitária, aportando alguns suspeitos. A polícia civil com a investigação e a militar com o efetivo." Segundo ele, a correria que os freqüentadores faziam para fugir das gangues que "aterrorizavam" o local, não acontece mais.

Para o estrangeiro Edgar Kim, que também freqüenta o bar e presenciou o assassinato do gay por skinheads a violência também melhorou, mas que às vezes ainda aparecem gangues. "Os caras aparecem de vez em quando, mas agora está sossegado, mas tem uns punks querendo brigar, mas sempre a polícia dá uns pega". Ele também acha que antes as coisas eram melhor. Hoje e há dois meses também a TV Record divulgou imagens de pessoas sendo agredidas na rua Vieira de Carvalho, outro point gay da cidade.