domingo, 10 de junho de 2007

Caminhada das lésbicas tem diversidade e discurso político

A 5ª caminhada das lésbicas ou "parada das lésbicas" que aconteceu na sexta-feira (08/06/2007) na avenida Paulista em São Paulo teve enfoque político e reuniu um bom número de pessoas.

Luciany Bosan de 18 anos, estudante de Letras, que não se esteriotipa em nenhum quadro (lésbica ou bissexual) estava divulgando o disk denúncia contra a homofobia, trabalhando para o deputado estadual Carlos Giannazi do PSOL (www.carlosgiannazi.com.br). A menina afirmou que freqüenta a parada lésbica há dois anos e a gay há cinco. Para Bosan o sentimento que a caminhada traz é o de democracia, liberdade e expressão. E passa uma mensagem a todos os homofóbicos: "Respeite a diferença".

Uma das novidades também foi a agência Pink Penguin, de comunicação visual voltada especificamente ao público GLS. A agência existe há mais ou menos 1 mês. Segundo uma das sócias, Júlia Azevedo Dranger, bissexual, o intuito da Pink Penguin é apresentar um serviço diferenciado com inovação e interatividade num mercado em que muitas vezes o serviço e a linguagem é levada para a um outro lado, mais erótico e pornográfico. A publicitária afirma que objetivo da Pink Penguin é também apresentar um serviço de qualidade, que em flyer de balada é bem ruim. "A gente faz todo o serviço de comunicação visual, criação de logotipo, de fachada, cartão de visita, flyer, folder, cardápio, camiseta personalizada, produto para evento. A gente tá lançando agora, tá investindo pesado em divulgação. Tamo vendendo bottons, bonés, squeezes e temos também outros produtos, uma linha de calcinha, calçado, cueca." Já para a sócia e namorada Fátima Frazão, que freqüenta pela primeira vez a Caminhada das Lésbicas, o importante é defender a causa, apesar de não ser militante. Ela se assumiu há três anos e já tinha participado da parada mas não constantemente, foi a partir do momento que se assumiu como lésbica mesmo, que passou a freqüentar mais o meio GLBT. " É bom ter atitude sem preconceito, independente se é homofobia, racismo ou machismo." Os acessórios da Pink Penguin podem ser adquiridos pelo site www.pinkpenguin.com.br.

Já Ágata que não quis se identificar por completo que tem 27 anos e é homossexual desde os 16 anos; saiu do armário aos 24 e participava da caminhada pela primeira vez. "Eu sou muito feminista", afirmava a moça enqüanto estava abraçada à sua namorada. Segundo ela, a caminhada significa a "igualdade entre as pessoas": "Não há diferença".

Entretanto, nem tudo eram flores, havia um grupo de três pessoas que protestavam gritando em um auto-falante, com ares de saudosismo dos anos 90. A protestante Naemi Silva, do movimento libertário, disse que na época das outras caminhadas não havia carro de som, que antigamente era mais organizado e politizado: "Não era "esse carnaval", e as pessoas eram mais sérias e politizadas."

Jéssica Luiza Rosa das "Jovens Feministas", um grupo que discute a questão da sexualidade,do racismo e machismo; freqüenta o meio GLS há 7 anos. Ativa nas causas homossexuais ela também participa da Liga Brasileira de Lésbicas, uma associação do setor de lésbicas que existe há 4 anos e da Associação Frida Kahlo, um grupo que faz projetos para jovens. "A caminhada é um jeito da gente poder legalizar o casamento civil, de poder se expressar, e poder ter livre expressão". Ela ainda deu a dica de quem quiser participar de alguns desses grupos deve entrar em contato com com ela mesma (Jéssica Rosa) no telefone: (11) 6511-4939.

Um comentário:

Menina da Lua disse...

Olá!
Tudo bem! Falei que iamos acessar e estamos aqui no seu blog! Aqui é a Fátima da Pink Penguin!

Estamos fazendo um clipping, das nóticias e fotos relacionadas e gostaríamos de umas correções na sua matéria.

"Uma das novidades da feira foi a agência Pink Pingüim" - Pink Penguin é o correto,pois é em inglês. O site também necessita de correções www.pinkpenguin.com.br

No mais creio que é só isso.
Legal sua matéria!
Atenciosamente

Fátima Frazão