segunda-feira, 21 de maio de 2007

Caixa Cultural traz exposição sobre a guerra da Bósnia-Herzegovina

Celebrando o 8º Mês da fotografia de São Paulo, a exposição "Dear Sarajevo" do jornalista e fotógrafo Fernando Costa Netto está em cartaz na Caixa Cultural (Praça da Sé, 111) em São Paulo até o dia 08 de julho mostrando um pouco do que foi na época da guerra e do que é agora a cidade de Sararejo que passou por um conflito interno que dizimou a Bósnia durante quatro anos.

Netto visitou o país eslavo em 1993 e 1994 ao próprio custo enquanto era editor-chefe da revista Trip e teve dificuldades para ficar no país que nem ao menos produzia chocolate. Ele retornou para o Brasil e em 2006 foi de novo à Bósnia para fotografar o "depois", a reconstrução do país com o dinheiro da União Européia. O primeiro plano era ir dez anos depois (2003 ou 2004) para poder fotografar a cidade depois de uma década, mas só conseguiu esse feito após 12 anos. Em uma de suas fotos mais impressionantes está um menino já crescido que o guiou pelas ruínas da National Library biblioteca queimada e saqueada em 1994, ele fotografou o menino aos 7 anos e atualmente, nesta foto atual ele segura sua própria foto quando era mais novo. O outro menino que o guiou para a outra foto está hoje viciado em videogames de guerra e não consegue mais ter uma vida normal.

Outra imagem contrastante da exposição é um painel com retratos de alguns soldados mortos na guerra e embaixo uma outra foto de uma galeria que vende perucas em frente a agora reconstruída National Library, o sinal de que agora Sararejo é uma cidade como Amsterdã, limpa e graciosa, graças à ajuda da União Européia. Na exposição há umas cinco ou seis fotos que mostram o antes e o depois que retratam bem a virada que o país deu depois de cessada a guerra, mas isso só é possível graças ao dinheiro aplicado pela União Européia que exige que não haja mais nenhuma guerra para continuar a ajudar a Bósnia.

Um outro drama de guerra evidenciado em uma de suas imagens é um ex-metalúrgico que defendia Sarajevo em Asici, próximo ao centro. Do outro lado da linha que separava o exército sérvio da capital, alguns inimigos mortais eram ex-amigos.

Um comentário:

construção disse...

Opa, sou o Rodrigo do Labucha, tudo bom? Que coincidência incrível: sou jornalista!!! falta um ano para me formar. Curti a matéria, você usa a cronologia perfeitamente. Acho que se você usar um pouco mais de pontos (.) e vírgulas seus próximos textos ficarão bem melhores. Parabéns, a matéria é do caralho. Abração, Aloha